I
Um sol preguiçoso me deu boa-noite mais cedo
E as primeiras gotas avisam do choro das nuvens
Abrindo um tapete de náilon por sobre a cidade.
As folhas farfalham sozinhas nalgum calendário
Ouvindo o reflexo das luzes no preto do asfalto
E eu fecho a janela e me engano ao som da milonga.
II
Parobé, praça por quê?
E o chalé ninguém mais vê.
A luz antiga agora ilumina
A tenda, a cola, o negócio da China
E velhos tristonhos sem o que fazer.
16.4.06
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
*
que merda, né?
o centro tem lugares tão lindos e a gente tá longe deles.
e aquela luz de mercúrio que tem na volta do mercado e no início da rua da praia é um convite para passear à noite.
*
Postar um comentário