Mirando ao longe os campos que passam
Meus dedos agarram as curvas da estrada
Arados que deixam sementes de asfalto
E ligam da realidade dois nadas.
Desisto do tempo parado no tempo
Sereno não faço da ruga o disfarce
E busco nalgum olvidado futuro
Um dia que o dia esqueceu de lembrar-se.
Perdido num ponto entre o sonho e a noite
Pretendo acordar na suave aragem
Carícia invisível que tece cabelos
Ao anjo que faz companhia à paisagem.
Bailando alegre um sorriso viaja
Certeza de paz no olhar que inebria
Se é longe que as asas afagam a pele
É longe que quero sonhar noite e dia.
7.8.06
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Um comentário:
Simplesmente maravilhoso, meu querido!
Lembra um daqueles sonhos, que não se sabe se é sonho ou realidade, mas que deixa uma maravilhosa sensação quando acordamos, não achas?
Encantaste mais uma vez esta tua fiel leitora e fã. :))
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