
Num futuro próximo, em que quase mais nada escapa à monitoração da polícia, Keanu Reeves é um agente que recebe a missão de investigar a si mesmo por causa do vício em uma poderosa droga, que altera a noção de realidade do usuário. Para recontar a surpreendente história escrita por Philip K. Dick (o mesmo autor das histórias de Blade Runner e Minority Report), o diretor Richard Linklater aplicou uma animação – denominada rotoscopia digital – sobre as imagens filmadas, criando uma atmosfera psicodélica e em constante e incômodo movimento.
Temas como drogas, criminalidade, auto-identidade, decadência da sociedade, poder das grandes empresas, controle da informação e da vida privada fazem de “O homem duplo” uma história muito mais real e atual do que a tecnologia fictícia do filme poderia sugerir. Mas, em tempos de Shrek e Piratas do Caribe, quem quer ver um filme sério e ainda com um visual perturbador? Revejo nos jornais que o filme de Linklater estreou em Porto Alegre no dia 8, praticamente junto com o lançamento nacional do DVD. Se mesmo a vida dos arrasa-quarteirão tem sido curta, alguma chance de que “O homem duplo” sobreviva a esta quinta-feira?
Um comentário:
Esse filme ficou em cartaz uma mísera semaninha em Sampa... não consegui assistir :-(
Mas gostei muito do post! Abraços!
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