Na úmida névoa de um dia cinzento
Meus passos avistam um vulto achegar-se
E os dedos que quase tangiam a pele
Quedaram apartados num toque de vidro.
Oprime meu peito ausente palavra
Que acorra e descreva a dor da alegria
Desfeita ao ver tão de perto e somente
Tocar a imagem do que não seremos.
É um sonho que vejo, tão belo e tão triste
O vulto evanesce num vôo distante
E o súbito ardor que aquecia minh'alma
Condensa em forma de lágrima a névoa.
8.3.06
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Um comentário:
Que ritmo marvilhoso!
é toda bonita!
palavra e poesia.
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