Procuro o pulsar de uma veia escondida
Saber-te lembrada nalgum mundo estranho
Alegra, mas vejo que, feito as ondas,
Amigo, os dias não são todo dia.
Aléias em flores, rasgadas com zelo
Amor pede tempo e ainda à espera
Dar vida às imagens, prazer indizível
Lá fora a turba anseia e se esquece
O sol do inverno, o aroma do campo
Inveja e ciúme, distância e desprezo
Saudade estampada nos braços abertos
Silêncio que grita oculta tristeza.
Transforma-se a vida, um nada após outro
E encontro o pulsar espontâneo dos dias.
Se muito o artista pergunta à lembrança
Responde a memória na folha em branco.
10.9.06
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