Vento batendo a noite inteira
E não varre este meu pensamento:
Quando aparece a luz primeira?
Quando se muda em sono o tormento?
Depois de um dia de alegres cores
Purpúreo ocaso, só ilusão
Eleva nos ares fortes rumores
Do vento troando na escuridão.
Viro-me ao céu e, no afã de vê-la,
Em silêncio estendo meu grito:
Onde encontro a minha estrela,
Luz que refulge no infinito?
E eis que entre as nuvens ela aparece
E ouço uma voz em tímido brilho:
“O mesmo vento que o sono estremece
Tem o mais belo sonho por filho”.
27.8.05
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