Há uma presença
Na ponta da língua
E uma lacuna
Tomando o espaço.
A linha fluindo
Estanca e se torna
Arame farpado
Ferindo as palavras.
Pousados descrença,
Ciúme, egoísmo,
Ocultam as cores
E vejo meu sangue.
Quem dera assim fosse,
Sacudo o tempo
E digo aos agouros:
É outra a conversa.
Agarrem-se firme
Que a folha amassada
Não vê o descaso
E a desnecessidade.
E o meu pensamento
Qual água corrente
Carrega embora
A dor e o silêncio.
21.12.05
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